sábado, 29 de outubro de 2011

Um dia desses eu acordei como tem sido meu costume: cedo. E no rádio tocava a música "Terra" do Caê, via pela janela o clarear da terra, o sol surgindo como só ele mesmo consegue surgir, tão veloz e tão quieto, tão vivo! Me senti em contato com a terra, só eu o silêncio da cidade e a despedida da escuridão. O sol surgindo como uma águia que se aproxima da presa e vai embora. O escuro ia embora, é o que chamamos de noite. Eu tenho pouquíssimo tempo pra apreciar a natureza,mas tenho muito tempo pra ficar triste. Planejo ficar triste. É por que sou egoísta de mim. Não sei onde as estrelas vão parar no nascer do sol.
Ontem dancei, me diverti e brinquei muito. Mas gostaria só de ser mais querido, de ser mais respeitado e escutado. Para algumas pessoas ainda não tenho voz, e não sei quando terei. O que precisarei fazer pra ganhar uma voz!? Desculpa, é feio pedir esse tipo de coisa, mas é uma necessidade! É tão importante quanto comer! Eu quero falar, quero opinar e mostrar que eu não mostro nada pra ninguém mas me contenho em muita sabedoria prática e esplendida! Olhe me desculpe o medo mas a filosofia é barata! A filosofia é extremamente barata e boba. Muito boba!! Eu quero a liberdade da poesia e a ignorancia dos emotivos. Dos simplismente sensíveis!
Sou demais fã da bahia u gosto do calor daqui, amo salvador e me deito em qualquer terra dela. Eu beijo a bahia como quem beija a testa da mãe. A bahia é confortável e eu preciso de espaço em alguns. Desculpa a beleza das palavras, é por que eu sou pobre e pobre não está acostumado a falar. Pobre é calado e inverbalizado. Não fala! Não conta. Não discute. Não opina. Pobre é o refugo da conversa. O refugo das horas vagas. Não sou tão pobre, sou adolescente. E já saindo dessa fase. Faz tempo que não sou criança.

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