quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Chorar no interior

Morou em Sebastião da discordia a vida inteira, sua vida inteira: 27 anos. E conhecia o nome de todos os moradores daquele interior ensolarado e tremendamente seco. Conversava com todos com o seu sotaque, fazia piadinhas ao encontrar cada um em reflexo de um encontro anterior. Ele tinha um capricho em presentear seus mais achegados visinhos, que formava uma espécie de cidade. Isso acontece no dentro do mundo.

Sei que um dia desses eu estava coando café e bem na hora que eu estava bem espremendo o coador, Cicinho chegou de supetão dizendo que corpo de Vladmir chegou morto. Foi tanto susto que pulei, e me alembrei do dia de tempos atrás, logo depois que chegou energia aqui em Discórdia, que eu era adolescente fogosa ainda e inventei de ir na casa de Seu Jó, mesmo a esposa dele não gostando muito de minha pessoa, só por que lá já tinha energia na tomada. Fui disfarçada até, trocando de assunto até Seu Jó se distrair pra eu enfiar o cabo do pente na tomada na curiosidade de ver o que aconteceria. E senti a mesma coisa com a noticia de Cicinho, dizendo:
- Vladimir já chegou morto aqui.
Ele era uma pessoa de bem. Conversava bem. E tratava todos por igual. Se chateou com Abel da padaria e foi se imbora pra São Paulo, achando que a vida seria boa lá. Que iria se sair de melhor depois de um tempo lá. Não lhe custou três meses pra vir a noticia me tirar o sorriso e o sorriso do povo de discórdia.
Me aprumei as pressas, pra ir ver na família se estava todos no conforto de Deus.Cheguei na porta e já me deu aquela dor. Aquele aperto de quem sente que tem tempo que não vê. Que não ouve. Que não senti a presença do outro há muito tempo. E a família estava lá, sentada. E choravam. E eu me alembrando de antes. Da última vez que me fazia rir por demais. E triste é quando você para de falar com outra pessoa, só por que ela não lhe correspondia os mesmos sentimentos. Ela não lhe amava. Daí a raiva, a chateação é muita. E você para de falar. Eu parei.
E agora estava ali defronte, ele morto. Ai eu chorei.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Estou marcando uma despedida. Já me sinto só. Me sinto como se eu fosse ir morar por tempo indefinido em um país onde não existe telefone, internet, bilhete e nem cartas.
Fui morar num lugar desses e está nos meus planos viajar na próxima semana. Mas como eu disse já fui morar lá, já me sinto só. Meus pés estão flutuando nas palavras de despedidas, das pessoas que não sabem que é uma despedida;
- É uma despedida - Eu gostaria de avisar assim, mas infelizmente não poderei, não seria bom.

Sobrevivi

Estive na guerra, e queimei meu braço; vi a pele do meu braço direito cair instantaneamente ao passo que ardia o sangue que fervia naquela estrada empoeirada. Como se não bastasse perdi o dedo indicador ao correr pela floresta, arranhões era um fenomeno incontável e indolor. Mas eu sobrevivi. Eu tenho a minha história que vale mais que qualquer título.
Estive num naufrágio. E assim que a balsa foi atingida por uma imprevista tempestade caí no mar mais agitado da minha vida. E fui bem fundo. A ponto de não sentir em mim a vida. De sentir uma imprescindível pressão. Meus ouvidos já não eram ouvidos, eram bombas relógios mas eu ouvia. Ouvia a beira se aproximando e o meu nariz implorava ar. Meu nariz correu por todo o meu corpo, só ele tinha o objetivo de chegar ao mundo de volta, e ele chegou e respirou, respirou. Eu não pensava, eu respirava. Eu me vi de fora de tudo. E eu sobrevivi.
Estive num desastre residencial. O prédio onde morei durante 15 anos, tinha rachaduras e eu decidido derrubei comigo dentro. Fiquei soterrado e tudo o que eu via ao meu redor eram restos de lembranças de uma vida inteira. Eu vi a foto da minha, um formatura meio amassado, outro meio intacto. Eu senti saudade de mim. Eu decidi não voltar pra mim. E ir em busca do eu mais inteiro a quem pertenço. Fui tirando as pedras mais difíceis, aquelas que eu imaginava e não acreditava ser capaz de tirar. Tirei. E finalmente sobrevivi.
Eu contei pra meus pais que sou gay. Precisei tirar sentimento por sentimento. Lembrança por lembrança. Como se eu tivesse que me esquivar de um bombardeio, como se eu tivesse que esvaziar o mar: balde por balde. Como se eu tivesse que sair do meio dos escombros, tirando pedra por pedra. E assim fiz. Horas não tinha recordação, horas tinha a pele do meu coração rasgando, horas eu não me tinha. Tinha apenas a fotografia da minha vida de reservas meio amassada. Mas eu sobrevivi.

domingo, 15 de janeiro de 2012

O Maior dia. Ou o último

Vocês me amam? Por que?
Vocês acham que Jeová me ama? Por que?
Eu passei minha vida inteira, brigando com Jeová. E nossa relação era cheia de idas e voltas por assim dizer. Eu brigava com ele cada vez, que eu ia nas reuniões e ouvia dizer que Jeová odeia as práticas homossexuais. Por que eu sou homossexual. E isso durou anos a fio. Até que depois de muito tempo que eu estava extremamente irritado com Jeová por que eu não podia amar, por que eu não podia fazer planos de dividir minha vida com uma pessoa com quem eu pudesse amar muito. Por que eu nasci assim? Eu perguntava a ele e sentia um certo grau de ódio. Até que um dia eu orei fervorosamente. E na oração Jeová me respondeu: "Contra o amor não há lei!".
De acordo com o que eu aprendi a vida inteira nas reuniões e publicações das Testemunhas de Jeová, um homem que se deitasse com outro homem seria destruído. Porém ser gay é muito mais do que se deitar com outro homem e fazer sexo. É pensar de uma forma diferente, é acordar de uma forma diferennte, é não gostar de futbool e amar Lady Gaga, Madonna. É tudo diferente.
Eu não espero que vocês me entendam da noite pra o dia. Mas eu quero muito voltar a olhar nos olhos de minha mãe, e sentar na mesa com ela sem ter medo dela me perguntar: Você gosta de que menina? ou fazer qualquer pergunta que me deixasse emcabulado. Foi isso que me distanciou da senhora a vida inteira. Foi isso que fez eu me odiar durante muuuitos anos, e pensar todos os dias em me matar por que era impossível sair na rua e não se sentir atraído por um homem bonito. Foi isso que me fez um adolescente frustado e desesperado atrás da aprovação da sociedade. Porém hoje eu reconheço que sou um adulto capaz de controlar minhas emoções e dizer isso pra vocês. Continuar sendo testemunha de jeová vai me fazer mal, vai me deixar ainda mais deprimido durante muitos anos. Eu amo ir pro campo e ir para as reuniões. Mas é impossível pra mim ouvir e pregar que Jeová irá me destruir. Então eu estou decidido a não ser mais Testemunha de Jeová. Respeito a religião e desejo que vocês continuem sendo se isso fizer bom pra vocês porém não faz bem pra mim. Está totalmente fora dos meus propósitos virar alguém promíscuo ou me vestir de mulher. Ainda não tive relações sexuais com outro homem. Mas já amei vários garotos. E quando aparecia com uma pretendente era por que queria ser amigo dela e não por que achava ela bonita, atraente e tudo mais.
Sei que as Testemunhas de Jeová pregam que deve-se parar de falar com desassociados. Mas olha o que a biblia diz: "se falares apenas com teus irmãos que fazeis de extraordinário?"

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Sexta-feira

Sou popularmente conhecido e reconhecido por uma alegria em predominância no dia-a-dia. Eu abraço as pessoas e dou atenção. Elas me chama para visita-las, me querem alegre. Mas esta longe delas enxergarem meu verdadeiro sorriso. Elas não sabem o que realmente significa alegria para mim. Isso por que faz pouco tempo que eu encontrei a alegria. E eu mergulhei na alegria. Eu sei o caminho da alegria.
Mas acontece que pra mim enquanto ser humano, necessito de um estoque de tristeza e de solidão. Quando muito procurado e alegre, estou num estado anormal e altamente frágil.
Não tristeza é que eu me sinto forte, eu me sinto capaz e capaz de preservar esse conteúdo de me informar o quanto estou por mim e para min neste mundo. Ainda que o mundo pare de rodar e todas as leis da natureza entrem em desordem. Ainda terei a capacidade de domar minha tristeza.
A bíblia diz que um pouco de vinho alegra o coração, eu preciso descobrir o que é que entristece o coração. Tenho alergia a alegria em demasia. Busco o equilíbrio e me deparo com a alegria frequentando minha vida. E é como triturar a raiz da planta mais valiosa e interessante e carinhosa do meu jardim.

Saúde

Estou sob observação de mim mesmo. Observo minhas mudanças, meus acordes de tristeza e cânticos de alegria. Me vigio e me corrijo. Corro pra dois lados ao mesmo tempo, atinjo dois objetivos. Nado em dois oceanos. Desmato floresta negra e floresta virgem. Leio bula de remédio e aprendo sobre gramática descritiva. Eu não estou inteiro. Quero me inteirizar urgente. Caminhos exitem: Longe da internet.
Salvo minha paixão por saudades, não permaneço em aproximidade com ninguém. Mantenho sempre margens.
Eu coori de mim mesmo durante toda a vida, eu não me amei. E apenas esse pecado não tenho perdoado. Eles pensam que me amam enquanto amam a faixada das suas casas, amam a imagem e a limpeza artificial e auto-repulsiva de suas próprias casas. Eu não eu tenho aprendido a me amar, a cuidar das minhas unhas e a limpar bem o meu cabelo e a fechar os olhos com cuidado e a subir escadas sentindo bem os meus joelhos. Eu estou aprendendo a comer com todos os dentes e sorrir com o próprio coração. Eu me quero.
Vale quanto ter uma imagem bonita? Quanto é que vale olhar no espelho e ver o sorriso tão branco que a própria cor se assusta? Quanto custa ter toda vizinhança de boa referencia enquanto não se permite pular de alegria pra acolher os sentimentos mais necessários pra vida? Quero interrogações no meu dia, quero que os vizinhos cochichem de mim. Quero que meus colegas de trabalho se surpreendam com minhas idéias macabras. Quero que minha mãe dê um pulo pra trás por causa do meus novo visual. Não quero agredir o mundo, quero só provar que estou nele. Se a morte é o fim, então que seja antes disso um bom enredo, um enrredo autentico na suas próprias cores.
Hoje eu tenho todos os dedos pra aumentar o volume no márximo, tenho os dois olhos pra assistir o filme que eu quiser no cinema. Tenho duas pernas para pedalar no bosque. Tenho garganta saudável pra cantar no banheiro e incomodar bastante. Uso protetor solar e nunca evito que o sol venha colorir minha pele. Não sou alegre sempre, antes vivo bem a tristeza pra a alegria ser valorizado. E evito correr atrás de alguns, só suplico pelos meus pais mais ninguém.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Afeto, Efe(i)to.

Não existe um tempo mínimo para desenvolver afeto. Pode-se desenvolver em segundos, ou não desenvolver em milênios. Acontece alguns filhos não se apegam aos pais, e versa-vise. Fico chocado com isso, porém acontece sim! Acontece também que alguns desenvolve afeto honesto por quem não sabemos nem o nome, como pela jovem senhora, que embora maltratada pela vida, entra no ônibus sorrindo sem reservas, para vender suas bugigangas. Afeto é gratuito. Não doi!
Desculpa-me! Dói, e as vezes desespera. Como no caso de K.Pl que não tem devolvido, nada do que foi meu e que está nas mãos dele. Emprestei minha atenção, um punhado de carinho. E reconhecer o fim é uma tragédia particular que tenho que enfrentar em instantes. Estou disposto, tenho forças, mas não tenho tempo porque quero mais. Estive três vezes apaixonado. Amei: nunca. Na paixão encontramos exatamente isso, e tem seu diminutivo que é mais intensozinho.
Me despedir é um compasso emperrado. É quase um fim me despedir, é um fim. Subi três vezes um monte e descobri nele uma mesma flor: a saudade. O monte não era alto e esse era o problema, a descida era um caminho curto. E morro de pena, sobretudo tenho pena últimamente e esse é o meu mais forte reflexo materno. Amanhã é um novo dia, te encontro talvez em qualquer poesia do meu dia. Se sentir saudade ligaràs, se não sentir saudade sentirei. Mas certamente me renovarei e logo pronto ficarei pra encontrar o amor da minha vida na estante da amizade ou de qualquer lugar que apareça: um belo sorriso e um coração indiscutivelmente tranquilo.

Não estou fazendo musculação esse mês e estou triste.

sábado, 7 de janeiro de 2012

E assim que acabo de escrever, dizendo que gostaria muito que K.PL: Pare de jogar migalhas e siga seu caminho. K. Pl me liga, e me convida para um encontro. Pra um jantar. E o pior é que eu aceito. Gostaria tanto de ir pra o shopping com meus pais, que é até um sonho K. Pl não ligar! Mas liga! E essas ligações, esses convites, é como pegar meu coração ainda batendo e arrastar por um chão cheio de pedras e escamas impenetráveis! É uma dor! É sem saudade.
Chegarei cedo! Como sempre costumo fazer! E eu. Eu tenho um ar de submissão, de entrega que esculhamba com todas as feridas que K.Pl plantou!
Sei que meu coração não quer viver batendo devagar. Mas não sei se sou capaz de seguir na contramão de minhas intenções.

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:Estou apaixonado e morrendo de vontade de sofrer. Quero concluir meu inicio de ano, sofrendo. Quero? Não! (Que o leitor escolha uma adversativa. Estou entediado para essa atividade) ...[sua adversativa] adoraria viver um grande romance de novo. Vivi um, que durou pouquíssimos dias e durante alguns muitos meses fiquei remoendo como seria se tivéssemos durado um pouco mais. Não sei quando escreverei um livro! Devo muito fazer isso, sinto muito por mim. Eu tenho obrigações comigo e não consigo atingi-las.
Eu vivi bastante até agora, e todas as minhas fotografias provam isso. Amar Maria Bethânia me ensinou a sentir mais do que eu era capaz. Hoje tenho uma capacidade muito grande de sentir. Sentir. Sentir. Sentir cada ponto, cada vírgula:, Sentir dois pontos. E quando preciso sentir o ponto final.
Sonho: um dia terminar de escrever tudo o que preciso e começar a viver. Sonho também não sentir saudades de mais ninguém e viver só pra mim. Sonho ter uma carreira com alguns bons troféus! Eu quero sobretudo uma exclamação no meu coração. E que ele bata sem ponto final. Alíás eu quero saudade, mas que ela seja acompanhada por vírgulas constantes. Irei hoje ao shopping e viverei um pouco mais do que eu preciso para esta noite.
Tenho tido um novo bom amigo. Ele me anima, e é interessante demais os nossos assuntos. Me sinto livre com ele e esse é o tipo de amizade que mais desejei. Quase nem sinto saudade dele, pois estamos sempre nos comunicando. Por ele eu coloco créditos no celular. E quanto a K. Pl. Está me fazendo sofrer. E sentir saudades e eu suplico todas as noites que ele me abandone, pra que eu sinta tudo logo de uma vez, pois migalhas é não faz bem pra o estomago, causa ulcera perigosíssima. Então siga seu caminho sem largar migalhas pelos cantos.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Romance é romance

Consigo ser só de um jeito tão autentico, que me surpreendo com minha capacidade. Trabalhei inconscientemente nisto durante anos. Vinte anos. E hoje desfruto do resultado deste trabalho. Mas devo trabalhar. E sequer consigo escrever um livro. A minha última alternativa é escreve-lo todo de uma vez e pronto. Concluído serei finalmente um escritor. Gostria muito de escrever um romance. Pretendo isso há um bom tempo. E agora é ideal já que tenho uma paixão não correspondida por K.Pl e um celular com defeito.
Ligo para K. Pl e não tenho sido atendido. Conversamos hoje no meio do dia. Enquanto o sol marcava seu ponto alto no céu, nos falávamos, mas conversando somos tão poucos, tão mínimos. Conversando somos facilmente vencidos. Não sei se o romance está para começar ou terminar. Juro que prefiro que termine logo, do que se prolongar antes de terminar. Sei com certeza que terminará um dia. Mas enquanto isso descubro que viver uma pergunta é melhor que correr desesperado atrás de resposta, visto que no final da vida posso simplesmente perceber que estou na resposta de grandes questões que persegui e cansei.
Hoje escuto diversas pessoas falarem sobre o mesmo. E há um tempo não converso sobre musculação aqui. Me despreocupei, me Des-desesperei disto. Estou consciente que acontecerá que um dia serei melhor com o espelho e com os olhos alheios. Mas não me sinto menos por não ser tão atraente quanto eu e os demais gostariam. Acontece que meus colegas continuam preocupadíssimos com seus corpos e se denominam fisiculturistas enquanto K.Pl se matriculou na academia ontem, e está vivendo uma super empolgação com suas possibilidades, acontece que com isso vivemos na verdade uma amizade e nunca um romance. Existe um pouco de romance no caminho, quando sou beijado e beijo, numa rua estreita e paralelipada. Ali é romance. Quando conversamos não. Temos um ótimo beijo, e toque. Mas nossos assuntos são raros, acontece sim de nos interessarmos pela piada do seguinte. Mas não há um sucesso em nossos assuntos, tá?
Peço um novo celular ao meu pai, e ganhar pouco começa a ser uma preocupação pra mim, estou chateado em viver com um dinheiro limitado para meus interesses. Muitos se sentem assim e me sinto no dever de mudar esse quadro usando uma tarde/noite para escrever de uma vez e pelomenos uma vez, um romance. Tudo de escrito hoje se resume no seguinte: QUERO UM ROMANCE!!! Se faço musculação é pra ficar atraente, e viver um novo romance. Se menciono K.Pl é por que é um provavel romance. Se Quero escrever não é nada mais que um bom e inesquecível romance.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Tarde e antes de ontem

Tem cerca de três anos que não escuto este cd! Uma coletânia que uma pessoa muito querida, uma ex-namorada fez e me presenteou. Fazem três anos também que não conversamos, que não continuamos a amizade. E há muito tempo que não penso nela. Não penso quanto as possibilidades de rumo que ela tomou. Gostaria sim, de retomar o contato e a amizade, e questionar quanto a possibilidade de sermos confidentes dos nossos novos segredos.
Fui ao show de Daniela Mercury e foi absolutamente lindo! Gostei demais! Me emocionei e entreguei toda minha energia para o mundo e para as pessoas que estavam a minha volta. Reencontrei algumas pessoas que há muito...! Quanto a K.PL não questionou, não reclamou, reclamou pouquíssimo. Não quero continuar gostando de K.Pl, iria gostar demais se terminassemos o namoro e seguissimos em amizade. Hoje foi um dia importante.
Foi um dia marcante, não por que o céu estava lindo e intacto, não estava lindo por que da janela do meu trabalho dava pra ver o lindo mar e um transatlântico bem na minha janela. Mas lindo pois estive com dois amigos que faziam três anos que isso não acontecia. Sobretudo estive a tarde com AM, alguém que me fez muito importante e depois se decepcionou muito comigo, sei que AM tem todos os motivos para não gostar de mim e não querer me ver. Porém, Am chegou e me senti contente, porém desconcertado com a possibilidade de não sermos mais nunca amigos após aquele dia. As possibilidades existiam. E eu sentia muito pela ausência de Am, hoje foi um dia determinante, e a tarde determinou que continuaremos amigos. Quanto a K.Pl, quero deixar de gostar-te.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Primeiro do ano

Exatamente um ano atrás, eu tive um dia muito feliz, eu fui ver Daniela Mercury. Não conhecia a arte dessa mulher, e foi um dos momentos na vida que eu mais me surpreendi. Fiquei encantado com a mágica que o corpo dela fazia em cima do palco, eram coisas impossíveis que eu ouvia através da sua voz. E quanto a mim? Dancei como nunca antes, cantei músicas que eu não sabia que conhecia! Foi um dia incrível.
Passaram-se os meses e frequentemente eu rememorava aquele dia e aquele momento, ouvia as músicas que foram tocadas. Enquanto isso eu li, assisti, ouvi diversas coisas a seu respeito. E minha admiração foi crescendo.
Hoje tenho a oportunidade de resgatar todo aquele sentimento de surpresa e um ano depois, ir ao mesmo lugar ver Daniela again. Mas sinto uma dúvida tremenda. Primeiro estou apaixonado, e há indícios de que posso ser correspondido. Pode ser o amor da minha vida, ou não. Posso mudar todos os planos que fiz durante o ano inteiro para ir no por do som hoje. Posso? Posso mesmo me anular a esse ponto?
Bem, digamos que eu não irei. Pronto não fui ao show de Daniela e chega amanhã. Conto para K.PL que não fui ao show. K.PL gostará, maybe muito, maybe pouco. Mas pode acontecer de K.PL chegar amanhã e terminar o namoro. Terei que sentimento? Me arrependerei de ter me cancelado por K.PL? E se tudo continuar igual apartir de amanhã? Exite também e deve ser considerada essa possibilidade. O que eu havia informado antes de K.Pl viajar foi que eu iria! E assim acho justo fazer. Até por que K.Pl deve gostar de mim por completo, de tudo o que eu gosto e não. Quero que K. Pl goste de mim por quem eu sou e não de quem K. Pl gostaria que eu fosse, isso não é amor é projeção.
Outro fator é o fator finançeiro, quero economizar dinheiro. Mas de que vale a vida com mais dinheiro se não faço o que eu realmente gosto. E já que esperei exatamente um ano por esse momento, que absurdo finançeiro estarei fazendo se eu for? Pois bem: devo ir e me divertir até a última gota. Não sei com quem irei, mas sei que muita gente boa irá fazer isso hoje a noite. No mais bom show pra mim.