sábado, 19 de novembro de 2011

Foi Deus.

O que fazer com a solidão e a tristeza de uma tarde? Hobbies é uma boa opção. Mas a tristeza e a solidão da morte? Chorar é uma ótima opção. Sempre que converso de tristeza utilizo muito a palavra: Quero. Mas agora falarei de outro modo. Tentarei. Se de vários modos ficamos sós. Se os pais são a presença mais fiel. O que se há de fazer se enquanto vivos eles querem morrer pra você? O que fazer se querem te enviar para um outro mundo? Alguém pode conseguir com a solidão de uma mãe? E um protesto suicida de um filho, é compatível? Sei que há o mar de belo e a religião de perto. De belo o mar transborda e nos banha. De perto a religião inunda e afoga o ser humano e sua capacidade de amor genuíno. Sou uma pá de terra seca tentando enterrar o mar e sua imensidão. Um dia eu estarei lembrando da tristeza e serei mais triste. Ou não.
Eu tenho saudade. Mas lembro de muita coisa triste, e ainda assim tenho saudade. Eu fui triste, eu sou triste eu serei mais ainda. Medo do futuro é um fato. Mas o medo de mim é um pacto que eu fiz com minha alegria. Ela cruzará com a euforia de um cruzeiro. Sinto tudo. E seria mais pratico pra mim a vida se não sentisse. Mas existir é sentir. Existir é causar. Existir é alegria. Tristeza é só existir. E mesmo na vermelhidão das lágrimas, há batidas irregulares de felicidade. O coração ainda bate, e os segundos ainda passam no relógio.

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