quarta-feira, 21 de março de 2012

Calma

Eu desisto. Essa é a palavra que eu esperava dizer pra mim. Depois de longos meses cansado chega a hora que você precisa desistir. Chega de lutar, chega de chorar. Desista! Desista e veja que a vida nem é tão interessante assim. Que o amor é longe e os calçados estão comidos pelo asfalto da traição. Família é só um caldo vermelho que circula em todo mundo. Ninguém está realmente disposto a viver um amor familiar, onde se entende o outro. Por favor amor, me deixe. Me deixe voltar pra mim, me permita me ver de novo. Me livre de suas falas, me livre dessa minha perseguição por você.
Há carros nas ruas, há facas no armário, há remédios na estantes, há cinto no quarto, há pontes no centro, há vermes nas calçadas, e onde há amor? Onde há respeito? Privacidade? Cores? Amor? Amor? Amor?!
Sinto que nas minhas mãos tem um caroço de ciumes, e no meu coração há uma palma de saudade. Fostes ver quem mesmo? Fez muito bem em ir. Farei melhor e não irei. Não farei. Não verei. Em beijos e cacos de vidro eu estou saboreando a todo momento. E o sono é de remédios fortes.

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