terça-feira, 21 de junho de 2011

Passado., Amigos. Violões e um futuro.


Chico divulga uma nova música de um novo albúm e começa a tocar novas possibilidades pro meu futuro. É um momento de recomeço e de ser otimista. Sei ser diversas coisas todos os dias e com diversas pessoas. Mas quanto é pra ser diferente comigo mesmo é sempre um imenso e complicado caminho. Cometo barbaridades pra deixar alguém que amo alegre. Mas não sei ser o básico pra me deixar feliz. Me prometi me levar no cinema hoje, mas essa promessa foi reduzida a um sorvete na praça ao pôr-do-sol.
Amizades: Peguei o violão hoje, há um tempinho escrevi algo sobre ele. Escrevi sobre o violão ter sido meu companheiro inseparável nos últimos anos. Mas acontece que nos últimos meses, assim como diversos amigos ele estava no canto, desafinado e em falta de algumas cordas, então por acaso sentei e tentei compor uma canção e o processo de criação, foi incrível, me transportou pra um inverno de cinco anos atrás.
"Era uma vez uma cozinha, três rapazes e dois violões. A cozinha era da minha casa, dois rapazes eram os meus dois melhores amigos e um violão era meu. Havia uma música sendo composta, num lugar onde se faz comida, fazíamos música. A música não foi concluída até hoje. A amizade ainda não teve fim, até hoje."
Pois bem, continuei na tentativa dessa nova canção no dia de hoje, e não concluí a música como aquela há V anos atrás, o violão ainda é o mesmo daquela data, a casa já não é a mais a mesma, nem a cozinha, nem a amizade. Uma interrogação surgiu na letra da música e na minha mente a seguinte interrogação: Onde estão eles? Onde estão os meus melhores amigos? Toquei uma canção qualquer enquanto tentava lembrar o numero que eu meus dedos sabiam de có, era como se meu polegar tivesse um cérebro independente e discava o numero sem minha interferência. Lembrei dos acordes de diversas canções e toquei naquele violão empoeirado, mas o numero do meu melhor amigo, eu não lembrava. Peguei o telefone. Entrei no quarto. Fui até a janela. Olhei o tempo. Vi três amigos voltando da escola. E descobri que a memória do meu polegar é infalível. Confirmei isso quando escutei do outro lado da linha a voz que cantava a nossa composição que não teve nome, mas que acabo de batizar de "V". Conversamos minutos. Combinamos um reencontro, com nossos violões e novos amigos nossos. A terceira pessoa que participava do processo de criação da "V", ainda não estou preparado para rever. Não houve nenhum problema entre nós, mas há um hiato de interesses e não há música que nos lembre.
Nessa busca para reencontrar a sociedade e suas energias positivas, tenho me deparado com diversas memórias, e memórias são reconvertidas em possibilidades de novas futuras memórias pra o futuro que futurará em mim. Acho que esse pode ser um bom começo no meu trabalho de me fazer feliz. De me reconquistar e reconquistar uma vida comum com amigos, pessoas boas, pessoas diferentes. Enquanto isso busco novos afazeres. Novos aparelhos. Restauro velhas dívidas e cobro meus direitos sempre. Lembrar de pessoas queridas é ser abraçado por dezenas de melhores amigos. Lembrar também é viver. E lembrar dessa forma é viver tudo o que foi bom de uma vez só. Quero novos amigos pra ter novas recordações, mas quero reencontrar os velhos para que as recordações passadas se tornem recordações maiores. E nesse caso quantidade é significativo e implica numa nostalgia longa e indesculpavelmente prazerosa.

De todos os que cruzaram o meu caminho: Um super abraço pra você Lipe!

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