sexta-feira, 24 de junho de 2011

Será que estou falando de amor?


Dias legais os últimos. Tenho muito que registrar aqui de bom, legal. Há um intervalo dos momentos extremamentes introspectivos aqui em mim. Brinquei e gargalhei muuuito com a pequena risada do meu primo. E muito fofo nosso momento primos. No dia seguinte passei um dia com a Clarice Lispector. Fui à praia e levei o livro "Clarice," pra me acompanhar, e que companhia! A vida de Clarice é tão saborosa q sinto como se eu estivesse vivendo cada viagem, cada amizade, cada carta, gravidez e remédios. No final, na noite do mesmo dia, inaugurei meu Twitter uma nova ferramenta interessantíssima pra manter amizades e fortalecer vínculos. Na mesma noite tive um momento extraordinário com um velho amigo, que provavelmente irá vir me visitar no fim do próximo mês e essa possibilidade fez meu coração bater frenéticamente com o embalo de recordações incansavelmente felizes. E por fim, acho que finalmente entrei pra um novo grupinho de amigos, coisa que também me faz ter uma perspectiva muito boa pro futuro. Entrevistas de emprego acontecerá na próxima semana e começarei um novo curso. Acho que ressucitei pra vida social e despertei das viagens internas. Hoje irei cantar e tocar música com amigos, uma boa promessa pra firmar um sentimento contente. Penso que a vida seja um caso de momentos como os gomos de uma boa tangerina. Vamos desgarrando gomo por gomo, algumas vezes mais de um gomo, e ninguem sabe quantos gomos há ou houveram. Nunca contei quantos gomos tem uma tangerina. E nunca contei quantas fazes já passei na vida, mas conto com bons momentos no futuro. Também me preparo pra momentos ruins, já pensei em muita coisa de ruim que pode me acontecer, e pode acontecer coisas piores do que as que eu pensei. Vi minha mãe brincar com meu primo uns dias atráz, e pensei: Haveria ela brincado da mesma forma comigo? Havaria eu gargalhado da mesma forma que meu primo gargalhava no colo dela? Fiquei muito curioso, quase perguntei. Me contive. Mas me senti no colo dela, senti ele e senti ela. Me perguntei o que haveria acontecido que fez eu saí do colo dela. Sei que houve um dia em que eu não quis ir, ou ela não me quis lá. E esse dia se tornou anos, e hoje nem sequer há recordação. Teria eu fugido do conforto e da proteção daqueles braços? Teria eu me magoado muito com a mudança de humor daquele sorriso e num momento de epifania resolvi não voltar lá? Se isso aconteceu tenho dois sentimentos extremistas: O primeiro é que eu tive esse sentimento e fiz ele acontecer. Porque fazer um sentimento acontecer é mais difícil que construir sozinho um prédio de 365 andares em uma vida. E talvez eu tenha feito isso. O outro sentimento é o de perda, simplismente perdi o melhor lugar do mundo, talvez essa minha busca pela cidade perfeita, amizades perfeitas, trabalho, curso perfeito, seja por que perdi o carinho perfeito. Enfim, quem sabe um dia recupero? Quem sabe um dia acordo e encontro lá o colo da minha mãe e fingindo estar sonhando deito e reencontro os sentimentos de quase duas décadas adormecido.
Está tudo firme aqui nesse canto da cidade e vou dançar pra me preparar pra uma tarde divertida.

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